Aposentadoria por Tempo de Contribuição: Transição, Pedágio 2024
Para que um contribuinte consiga a aposentadoria por tempo de contribuição, ele precisa arcar com pedágio e com a transição. Contudo, esse pedágio pode ser bem benéfico para o contribuinte. Ficou interessado em saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura desse artigo e saiba mais sobre a aposentadoria por tempo de contribuição.
Aposentadoria por Tempo de Contribuição: como era antes da reforma da previdência
Uma das aposentadorias que foram modificadas com a reforma da Previdência Social, foi a aposentadoria por tempo de contribuição.
Anteriormente, esse era um benefício bastante procurado pelos trabalhadores brasileiros. Isso porque, todo trabalhador que cumprisse o tempo mínimo de contribuição exigido podia recorrer a essa aposentadoria. Ou seja:
- Homens: 35 anos contribuição
- Mulheres: 30 anos de contribuição
Em outras palavras, não era preciso que o segurado atingisse uma idade ou pontuação mínima para se aposentar. Para calcular o valor que o trabalhador iria receber do Instituto Nacional de Seguro Social, bastava que:
- Calculasse a média dos 80% maiores salários, a contar de julho de 1994
- Multiplicasse o resultado adquirido pelo fator previdenciário
O valor dessa conta era equivalente ao valor da aposentadoria por tempo de contribuição. Contudo, nenhum segurado poderia receber um valor inferior ao salário mínimo vigente.
Com a reforma da Previdência Social, no entanto, surgiram algumas regras de transição. Elas devem ser cumpridas pelo segurado que deseja requerer a aposentadoria por tempo de contribuição.
Afinal, o que é a regra de transição?
Os contribuintes que não possuem direito adquirido, precisam se atentar para a regra de transição.
Em síntese, os segurados que começaram a trabalhar antes do 13/11/2019, e:
- Cumpriram os requisitos até 13/11/2019: se enquadram nas regras anteriores à reforma da Previdência
- Não cumpriram os requisitos até 13/11/2019: se enquadram nas regras de transição
Já os segurados que começaram a trabalhar após a data 13/11/2019 se enquadram nas regras definitivas pós reforma.
Segundo o artigo 20 da Reforma da Previdência, para conseguir se aposentar o segurado precisa ter uma idade mínima, bem como, precisa preencher tempo de contribuição e o pedágio.
As regras de transição, portanto, surgem para amenizar os impactos da reforma. Dessa forma, as pessoas que começaram a contribuir para a previdência antes do dia 13/11/2019, não terão grandes prejuízos.
Aposentadoria por Tempo de Contribuição: pedágio
Os requisitos para solicitar a aposentadoria por tempo de contribuição, pós reforma, são separados por gênero.
Pedágio 50% Homens:
- Tempo de contribuição mínimo de 35 anos
- Pedágio de 50%. Isto é, metade do tempo que faltava para completar 35 anos de contribuição até o dia 13/11/2019
Pedágio 50% mulheres:
- Tempo de contribuição mínimo de 30 anos
- Pedágio de 50%. Isto é, metade do tempo que faltava para completar 35 anos de contribuição até o dia 13/11/2019
Essa regra atende somente os segurados que possuem, no mínimo de 33 ou 28 anos de tempo de contribuição. Os demais segurados estão fora desta regra de transição. Contudo, ainda podem ser atendidos pelo pedágio 100%.
Pedágio 100% Homens:
- Idade mínima de 60 anos no momento da data de entrada do requerimento
- Tempo de contribuição mínimo de 35 anos
- Pedágio de 100%. Isto é, o dobro do tempo que restava para se aposentar no momento da Reforma. Por exemplo: 3 anos (que faltavam para se aposentar) + 3 anos (pedágio 100%) = 6 anos.
Pedágio 100% Mulheres:
- Idade mínima de 57 anos no momento da data de entrada do requerimento
- Tempo de contribuição mínimo de 30 anos
- Pedágio de 100%. Isto é, o dobro do tempo que restava para se aposentar no momento da Reforma. Por exemplo: 3 anos (que faltavam para se aposentar) + 3 anos (pedágio 100%) = 6 anos.
Aposentadoria por Tempo de Contribuição: vale a pena depois da reforma?
Posto que, o novo cálculo irá considerar a média de 100% de todos os salários do segurado, pode ser que, em alguns casos, se aposentar com as regras de transição seja benéfico.
Contudo, é importante analisar com calma e verificar se, de fato, é uma boa alternativa para seu caso.
Vale ressaltar que existem outras regras onde é possível cumprir as exigências e conseguir a aposentadoria mais cedo.
A primeira vantagem que surge com a regra de transição do pedágio de 100%, é a inexistência de uma idade mínima fixada. Ou seja, com a regra a idade mínima necessária para se aposentar não irá mudar e, tampouco aumentar no decorrer dos anos.
Já a segunda vantagem é referente ao cálculo do valor do benefício. Ou seja, o valor da aposentadoria não sofrerá nenhum redutor. Em outras palavras, mesmo que o contribuinte precise trabalhar por mais tempo, esse tempo extra irá refletir no salário a ser recebido na aposentadoria.
Por fim, com as regras de transição, o contribuinte irá receber integralmente o valor correspondente à média de 100% das contribuições feitas junto a Previdência Social. Claro, sempre obedecendo o teto da Previdência.
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Equipe de redação qualificada, formada por redatores formados na área e um Contador pós-graduado com CRC com vasta experiência em Previdência, responsável pela edição e revisão dos artigos publicados.
Roni Pereira Moreira
CRC SP175.296/0-7
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